A agência de inteligência CIA, dos EUA, concluiu no sábado, 09.12, que a Rússia interveio na eleição presidencial norte-americana de 2016 para ajudar o candidato republicano, Donald Trump, a alcançar a Casa Branca.
De acordo com a agência, foi avaliado que, à medida que a campanha presidencial de 2016 se concluía, o governo russo prestou auxílio ao magnata para vencer a candidata democrata e ex-secretária de Estado, Hillary Clinton.
Segundo publicação do jornal The Washington Post, os agentes secretos dos EUA descobriram que os hackers russos vazaram os e-mails do Partido Democrata para a organização Wikileaks.
"A conclusão da Agência de Inteligência é que o objetivo da Rússia era favorecer um candidato à respeito de outro e ajudar Trump se eleger",
disse uma autoridade da CIA ao jornal.
O governo da Rússia negou todas as acusações de interferência na eleição presidencial dos Estados Unidos. No mês de outubro, Washington acusou formalmente a Rússia de uma campanha de ataques cibernéticos contra organizações do Partido Democrata antes de Trump ser eleito.
Trump nega
Donald Trump, por sua vez, negou as acusações neste domingo, 11.12, de que a Rússia o teria ajudado a vencer as eleições e disse que esta hipótese é "ridícula".
"Não acredito nisso, é ridículo",
afirmou o magnata republicano ao ser entrevistado pela emissora FOX. Ontem, a CIA anunciou ter chegado à conclusão de que o governo russo, que nunca escondeu sua preferência pela eleição de Trump, ajudou-o a derrotar a democrata Hillary Clinton nas eleições de 8 de novembro.
De acordo com a agência de inteligência e segurança dos EUA, hackers russos teriam invadido e vazado propositalmente e-mails e documentos de campanha de Hillary, além de fornecê-los ao site WikiLeaks.
John Brennan, atual diretor geral da CIA
Trump, por sua vez, acusou os democratas de mentirem sobre essas conclusões da CIA e usarem esse discurso de interferência russa apenas para justificarem a derrota de Hillary, que era a favorita durante as campanhas eleitorais, segundo a Agência Ansa.
O magnata também disse que "não se opõe" à decisão do atual presidente, Barack Obama, de investigar os ataques cibernéticos, mas que "não deveria investigar somente a Rússia, e sim, outros países e indivíduos".